por LEONE OLIVEIRA
Após 88 dias fora da prefeitura, Isau Fonseca começa a ver o seu reinado ruir, e os próximos dias poderão ser decisivos para o futuro do prefeito afastado.
Nesta segunda-feira (9), foi protocolado um impeachment contra Fonseca com base no relatório da Controladoria Geral do Município (CGM).
De acordo com o documento, o então prefeito efetuava pagamentos de contratos sem prévio empenho, o que configura crime de responsabilidade.
Para além dos pagamentos sem prévio empenho, também há os descumprimentos de decisões tomadas pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia.
Com o impeachment protocolado, Isau Fonseca entrou na mira dos vereadores da Câmara Municipal de Ji-Paraná, e a grande pergunta que ficou no ar é: há apoio suficiente para cassar o mandato de Fonseca?
Conforme fontes dos bastidores do poder, a prefeitura acredita ter votos suficientes para que Isau Fonseca seja cassado. A votação seria na próxima semana, na terça-feira (17).
Até a votação, o prefeito afastado, juntamente com seu filho, o vereador Negão do Isau, tentariam pressionar os demais vereadores para votarem contra a cassação. Apesar de afastado, Fonseca ainda possui influência na casa legislativa.
Quem presidiria a sessão seria o vice-presidente Marcelo Lemos, em face da suspeição do filho do prefeito e presidente da Câmara Negão do Isaú.
A estimativa da prefeitura é que ao menos 12 vereadores votem a favor da cassação, selando de vez o fim de Isau Fonseca que é alvo de processo na justiça por ser possível chefe de uma organização criminosa que teria desviado 17 milhões dos cofres do município.