AMMI: Evangélicos fazem missão internacional na Bolívia

A Agência Mantenedora de Missões Internacionais (AMMI), uma organização sem fins lucrativos, capitaneada por evangélicos de Rondônia e São Paulo, promovem anualmente missões nacionais e internacionais com o intuito de ajudar pessoas carentes com alimentos e materiais para higiene, pessoas que não foram alcançadas pelo tão decantado progresso que os governantes pregam aos quatro ventos. 

Para lá de uma luta pela dignidade humana e acesso aos direitos básicos assegurados pela Constituição, a AMMI busca disseminar o evangelho à centenas de milhares de pessoas, por meio de seus missionários e voluntários engajados na missão singela de prestar socorro aos esquecidos.

 A AMMI foi fundada em 21 de janeiro de 2012, pelo Pastor Silvio Souza, Sênior da Igreja Pão e Vinho de Ji-Paraná(RO). O presidente da Organização é o Pastor de Diadema(SP), Ibrain Soares. Os dois pastores são responsáveis por organizar as viagens nacionais e internacionais realizadas pela organização, cujas fontes de recursos são provenientes da própria Igreja Pão e Vinho, amigos e parceiros missionários que conhecem e confiam no trabalho realizado.

A última viajem da organização ocorreu no mês passado, com destino a Bolívia.

Missão Bolívia

Em dezembro de 2022, a AMMI promoveu uma viajem rumo a Bolívia, na região de Santa Rosa, com o objetivo de levar suprimentos e o evangelho para centenas de pessoas em condições de pobreza no País. 

Em um micro-ônibus doado por um empresário, a equipe de missionários da organização saíram de Ji-Paraná e seguiram viajem até Plasto de Castro, no Acre; uma cidade que faz fronteira com a Bolívia. Da cidade, os missionários seguiram de “betelão”, uma embarcação muito comum na região, até Bolívia, em um trajeto que rendeu um dia de viajem.

De acordo com o Pastor Silvio Souza, o maior desafio foi justamente o trajeto até o destino.

“Nosso maior desafio esse ano foi o trajeto, por terra, por rios, pela selva; enfrentamos enfermidades, esgotamento físico e mental. Alguns de nós ainda estamos padecendo de enfermidade”, afirmou o pastor que liderou a viajem.

Na viajem, a organização levou para as famílias carentes bolivianos:

• 155 cestas básicas
• 60 fardos de roupas
• 980 kits para crianças
• 100 kits pratos, colher e copo
• 40 kits para mulheres
• 100 bíblias
• 120 cadeiras de plástico
• 02 pneus de moto
• 01 motosserra
• 100 metros de lona preta
• 06 kits remédio
• 92 cortes de cabelo

O Pr. Silvio afirma que a meta da AMMI é colocar dentro da selva boliviana 10 mil bíblias, e afirma já terem colocado 4 mil.

“Nossa meta é colocar dentro da selva boliviana 10 mil bíblias, é colocamos 4 mil. Também trabalhamos com evangelização infantil, já foram mais de 7 mil crianças que ouviram o evangelho e mais de 3 mil crianças decidiram por cristo. Nossas cruzadas e cultos evangélicos tem alcançado grande número de almas sedentas por cristo nos lugares mais distantes das Selvas Bolivianas”, afirmou.

“A fome não tem pátria”

O Fronteira também conversou com Neto Goes, outro integrante da equipe que foi até a selva boliviana levar o evangelho e suprimentos ao povo do País.

“Fui convocado para compor o time de missionários da AMMI. Nossa missão era levar donativos, remédios e fazer um trabalho de evangelização em uma das regiões mais pobres da Bolívia, um lugar praticamente intocável e inalcançável. As pessoas que vivem nessa região carecem muito de ajuda”, afirma Neto.

Neto também disse que os dias que passou na Bolívia foram de muito aprendizado, e afirmou que “a fome não tem pátria”.

“Esses dias que passamos na Bolívia foi uma escola e a principal lição que recebi foi a de que a fome não tem pátria, o amor não tem pátria. Existe uma realidade de fome e miséria tão próxima e tão distante ao mesmo tempo do nosso País. Fui testemunha ocular nesses dias do que mal governo pode fazer com uma nação. Pessoas preciosas que vivem sob um regime, uma cultura totalmente diferente da nossa”, afirmou.

“O Brasil é um país maravilhoso. Existe problemas aqui? Claro que existe. Porém são sanáveis. A Bolívia precisa de um despertar espiritual, cultural e político. Essa missão fez com que algo mudasse dentro de mim. Fui comovido a fazer a diferença não só na Bolívia, mas nos bairros mais carentes de Ji-Paraná, de Rondônia e até mesmo nas regiões menos favorecidas do nosso país. Agradeço a Deus e ao pastor Silvio pela oportunidade de proporcionar essa viajem que aceitei de pronto e irei quantas vezes for preciso. Eu tinha a intenção de ajudar quem precisava de ajuda e quem foi ajudado no final das contas fui eu. Lembre-se disso: A FOME NÃO TEM PÁTRIA”, finalizou Neto Goes.

As viagens rumo a Bolívia são feitas todos os anos, de acordo com Neto, para que a população daquela região não fique sem os suprimentos básicos. Neto disse ainda que a AMMI está planejando fazer uma viajem com destino ao nordeste brasileiro, ainda neste ano de 2023.