A DEMOCRACIA MORRE NA ESCURIDÃO

Após ser denunciado por assédio eleitoral, Procurador-Geral ameaçou retaliar funcionários da PGM

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Após tomar ciência de que foi denunciado ao Ministério Público do Trabalho (MPT) por possível assédio eleitoral cometido nas dependências da Procuradoria Geral do Município (PGM), o procurador geral, Rodrigo Sampaio, nomeado por Isau Fonseca e homem de sua confiança, ameaçou de retaliações os funcionários do órgão.

O caso é narrado em uma ata de reunião assinada por oito procuradores efetivos do município, no dia 11 de setembro de 2024, e que foi enviada a Isau Fonseca, na esperança de que o prefeito tomasse alguma providência contra o procurador geral que ele próprio nomeou. Até o momento, contudo, Fonseca não tomou nenhuma iniciativa.

De acordo com o relato dos procuradores efetivos, Rodrigo Sampaio havia adentrado a sala de cada procurador e, aos gritos, se queixado da denuncia feita ao MPT contra ele, momento em que também ameaça de retaliações os servidores.

O procurador Thiago Bini relatou que Rodrigo Sampaio teria afirmado que “estava cansado de ser denunciado por nós e que a partir daquele momento iria passar a nos retaliar”.

Já a procuradora Sirlene Muniz, na mesma direção, relatou que Sampaio “reiterou que havia sido denunciado por nós no Ministério Público do Trabalho em razão de uma reunião que ele havia feito com o pessoal de apoio da PGM para falar e orientar sobre as eleições;  que o procurador geral disse que estava cansado de ser denunciado por nós e que ele estava me avisando que a partir daquele momento iria passar a nos retaliar”.

No mesmos sentido foi o relato da procuradora Wiara Lara, que, diante de toda a situação, começou a chorar de nervosa, momento em que o Procurador Geral Rodrigo Sampaio deixou o local.

Na ata, os procuradores efetivos relatam ainda que o Procurador Geral Rodrigo Sampaio não responde aos solicitações que lhe são feitas, não elabora escala de férias e licenças, não toma conhecimento do problema de cada setor, não distribui demandas, acumula em sua caixa de trabalho mais de 50 processos parados, mantém procuradores fazendo trabalho de cunho eminentemente administrativo, não guarda isonomia na distribuição dos trabalhos e nos critérios de atribuição de produtividade e pagamento de gratificações, cobra assinatura de ponto e não zela sequer pela limpeza da procuradora geral do município.

A ata foi assinado por oito procuradores efetivos e enviado a Isau Fonseca, na esperança de que o mesmo tome alguma providência, o que não foi feito até o momento.

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