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Autismo e Tecnologia: Jovem de Ji-Paraná encontra no YouTube um grande aliado

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A importância da tecnologia para as pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) tem se mostrado cada vez mais evidente, oferecendo novas formas de aprendizado, comunicação e interação. Com o mundo atual cada vez mais conectado, muitos jovens autistas têm utilizado as redes como ferramentas para aprimorarem suas habilidades. É o caso do João, morador de Ji-Paraná, que encontrou no YouTube um grande aliado para se expressar e se conectar com o mundo.

Nascido em Ji-Paraná, João Guilherme Casula tem 16 anos de idade e foi diagnosticado com Autismo Nível II aos 2 anos. De acordo com o pai, as suspeitas surgiram após a família notar seu comportamento introspectiva. Logo após o diagnóstico, João começou a fazer terapias para auxiliar seu desenvolvimento. “O João começou a ir muito cedo a participar de terapias no Centro do Autismo”, afirmou o advogado e pai, Robson Casula, que hoje milita pela causa.

Para João, o YouTube é mais que uma plataforma de vídeos: é um espaço de aprendizado, expressão e autonomia. Com seu canal, intitulado “Casula´s”, ele encontrou na criação de conteúdo uma forma de se conectar com o mundo. João faz tudo sozinho: grava, edita e pesquisa para melhorar seus vídeos, expondo sua criatividade e capacidade de superação. O YouTube se tornou um grande amigo, ajudando-o a aprimorar suas habilidades de comunicação e explorar novos interesses de forma independente.

De acordo com a supervisora do Grupo Conduzir, Luciana Melo, aparelhos eletrônicos proporcionam aos autistas interações tecnológicas por meio de estímulos visuais. “Uma vez que os autistas apresentam maior atividade elétrica nas regiões temporais e occipitais do cérebro, responsáveis por processar estímulos visuais, os recursos tecnológicos viraram objeto de fascínio nos últimos anos”, afirmou.

Melo diz ainda que a tecnologia se tornou uma grande aliada nas terapias, levando em consideração que indivíduos com TEA pode apresentar déficit importante na linguagem receptiva, o que implica diretamente na aprendizagem. “Muitos profissionais a utilizam com o intuito de aumentar a operação motivadora dessa criança ou adolescente, para obter melhor resposta durante o processo de intervenção”.

“O próprio fato desse indivíduo se expor a esses aparelhos que transmitem uma série de estímulos visuais, ou seja, por meio de sua área mais forte de processamento, quanto mais utilizar estratégias visuais, melhor e mais rápido ocorre o aprendizado”, finalizou Luciana Melo.

João é testemunha desses benefícios que a tecnologia pode trazer a todos que possuem o Transtorno do Espectro Autista (TEA), estando mais incluso e tendo ampliado suas possibilidades de aprendizado.

Link para acessar o canal do João: https://www.youtube.com/@Casulas/featured  

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