Por redação
Em sua Live de ontem, 21, Jair Bolsonaro afirmou que não tinha vacinas para vender em dezembro de 2020, contradizendo o CEO da Pfizer na América Latina, Carlos Murilo, que alegou em depoimento à CPI da covid que o governo não respondeu várias propostas para a entrega de vacinas em agosto de 2020.
Na Live, o Presidente disse: “Conversando com uma senhora esses dias, eu sempre deixo a vontade para falar, porque ela estava chateada comigo. ‘Por que você não comprou a vacina logo que apareceu o vírus?’; ‘A senhora queria essa vacina quando?’, ‘Quando começou o vírus’. O vírus começou a aparecer em 2020. Na verdade, começou a pegar para valer em março de 202. Daí falei para ela: ‘Mas a primeira dose aplicada no mundo foi no Reino Unido, sem dezembro de 2020. Ninguém tinha a vacina para vender e quando, no ano seguinte, começou a vender a vacina, não tinha’. Manda 109 milhões de dose para o Brasil, não tinha dose, era em conta-gotas e o Brasil fez a sua parte“.
Carlos Murilo, CEO da Pfizer, afirmou em depoimento para a CPI da covid que o governo do Brasil ignorou três ofertas para o fornecimento de vacinas em agosto de 2020 e que haviam começado a negociar em maio. Murilo ainda disse que se alguma das ofertas tivesse sido aceita, o Brasil já teria os imunizantes em dezembro de 2020.
Bolsonaro, em vídeo de 19 dezembro de 2020, ainda disse que “a pressa pela vacina não se justifica, porque você mexe com a vida das pessoas“, e afirmou também que a pandemia já estava chegando ao fim.