George Washington Souza, empresário preso suspeito de envolvimento nos atos terroristas em Brasília (DF), indicou ter tido ajuda de outras duas pessoas na tentativa de explodir um caminhão de combustível numa via próxima ao aeroporto da capital administrativa do país.
De acordo com informações obtidas pelo portal UOL, um dos suspeitos identificado pela polícia é Alan Diego dos Santos, que deixou a cidade.
George foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, em São Sebastião. O empresário disse à polícia que fez parte do acampamento bolsonarista montado em frente ao Exército, onde deixou o artefato explosivo na última sexta-feira (23), sob responsabilidade de Alan.
Segundo o suspeito, a ideia era colocar a bomba em um poste de energia para interromper o abastecimento de eletricidade. Contudo, a polícia encontrou o artefato em um caminhão e acredita que tenha sido deixado lá entre a noite de sexta e às 5h de sábado.
Foi na madrugada de sábado que o caminheiro se deparou com o explosivo ao fazer uma inspeção no veículo. Ele acionou o grupo antibomba da Polícia Militar do DF que desarmou o artefato.
De acordo com informações repassadas ao UOL pelo delegado-geral da Polícia Civil do DF, o suspeito pretendia chamar atenção para os protestos em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL). Grupos favoráveis ao atual mandatário realizam protestos pela cidade e buscam uma intervenção das Forças Armadas que possa impedir a posse de Lula (PT), presidente eleito que assume em 1º de janeiro de 2023.
Nas redes sociais, outros apoiadores de Bolsonaro dizem que George não é bolsonarista. Todavia, fontes da Secretaria de Segurança ouvidas pelo UOL indicam que os protestos estão sendo acompanhados por policiais à paisana e que muitos bolsonaristas passam por monitoramento constante.
Nesta segunda-feira (26), mais explosivos foram encontrados no Gama, área distante cerca de 25 km da área central de Brasília. Ainda não foi identificada a relação com os primeiros artefatos encontrados na via próxima ao aeroporto.
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