A Câmara Municipal de Ji-Paraná abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os gastos da Agência Reguladora de Ji-Paraná (AGERJI) durante a gestão de Isau Fonseca.
O pedido de abertura de CPI foi feito pelo vereador Brunno Carvalho, que aponta possíveis irregularidades na autarquia na contratação de empresa jornalística para a divulgação de atividades.
Os membros da CPI foram escolhidos pelo vereador Negão do Isau, sendo eles os vereadores: Beto Wosniach, que ficou como presidente; Edinho Fidelis, que possivelmente será o relator; e Roni Matos.
Tribunal de Contas também investiga
O Tribunal de Contas do Estado também vai começar a investigar os gastos da Agência Reguladora, após denúncia recente que chegou a corte de contas.
A denúncia aponta que o presidente da autarquia, Gezer Lima, autorizou, no dia 27/12/2022, o pagamento integral de R$ 228 mil a empresa jornalística Correio Popular para que fossem feitas publicações referentes a AGERJI.
O pagamento gerou suspeitas, pois, em um único dia, Lima exauriu todo o valor do contrato que tinha prazo de 12 (doze) meses.
Posteriormente, no dia 09/03/2023, Lima celebrou um aditivo de R$ 57 mil ao mesmo contrato. De novo, o valor foi liquidado, totalmente, em tempo recorde, no dia 20/03/2023.
Ao todo, foram R$ 285 mil (duzentos e oitenta e cinco mil reais) pagos por Gezer Lima à empresa jornalística Correio Popular.
Em um documento enviado pelo então prefeito Joaquim Teixeira à corregedoria, “não restam dúvidas de que se está diante da prática, em tese, de despesas fictícias ou, no mínimo, sem prévio empenho, se realizadas antes de 27/12/2022 e juntadas como sendo do dia 29/12. O que foge ao mínimo da razoabilidade é considerar que em um único dia, em um único jornal diário, tenha sido possível publicar e fazer circular atos oficiais que importassem na quantia de R$ 228 mil, valor que foi estimado para um ano, e, de fato, não está longe da cifra que o Poder Executivo destina durante todo um exercício para a publicação de todos os seus atos, que são inúmeras vezes mais numerosos que os atos oficiais da AGERJI”.