A direção-geral do DER-RO se manifestou relatando que não tinha recebido nenhuma informação oficial a respeito dos fatos narrados. Contudo, o setor competente da autarquia irá apurar os fatos por meio dos procedimentos administrativos legais, pautados nos direitos constitucionais do contraditório e da ampla defesa.
A direção afirma que não compactua com atos que denotem qualquer tipo de assédio ou abuso e ainda reforça o compromisso com o respeito a todos os servidores do DER.
Assédio sexual
Uma engenheira comissionada do DER de Rondônia registrou ocorrência policial na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Porto Velho, acusando seu chefe imediato de assédio sexual. O acusado é o coordenador de Operações e Fiscalização do DER, o policial militar Marcelo Silva dos Santos.
Vista grossa
O mais sério nisso tudo é que o diretor-geral do DER, um tenente-coronel, teria sido informado da situação, mas estaria fazendo vista grossa em relação ao colega de farda, pois nenhuma providência teria sido tomada e o assédio não teria parado. O cargo do acusado é importante, pois a coordenadoria pode parar uma obra.
Depressão
A pressão psicológica resultante do assédio teria agravado o quadro clínico da engenheira. Ela possui um laudo médico mostrando que está em tratamento. Teve que registrar boletim de ocorrência e guardou um bilhete escrito pelo acusado, que pode ser submetido a exame grafotécnico. Como isso não foi suficiente para que a tortura psicológica parasse, ela gravou um áudio com o acusado.
BO
No boletim de ocorrência a vítima conta que há quatro meses é assediada, e que o acusado envia mensagens frequentemente dizendo “você é linda”, “eu gosto de gente assim, logo vou conseguir um CDS maior pra ti, me dá aquela chance que eu quero te ajudar”.
No mesmo quarto
A engenheira relata no boletim de ocorrência que seu chefe Marcelo Silva dos Santos a acompanha em viagens de campo, e que reservava apartamento duplo quando precisavam pernoitar no interior, e ela era obrigada a dormir no mesmo quarto que ele. “O suposto autor passava a noite perturbando, muitas vezes ela fingia estar dormindo para evitar maiores constrangimentos”.
Mais intensidade
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, nas viagens o assédio acontecia com maior intensidade. “O autor alisa e beija as mãos dela, fala frases pornográficas, ‘a gente poderia fazer amor’, ‘eu nunca provei mas deve ser gostosa’, ‘eu queria ter uma experiência contigo, só uma vez’…”, especifica o BO.
Deitou na cama
Também é citado no boletim de ocorrência que em uma viagem a Ariquemes o acusado deitou na mesma cama dela e tentou beijá-la. Quando a vítima gritou, ele teria dito: “Calma, eu só ia te fazer carinho”.
Ciúmes
No boletim de ocorrência é dito que o acusado apresentava a engenheira como sua namorada e ficava zangado quando a vítima o contrariava. “Ele não permitia que a vítima se relacionasse com outra pessoa, ficava com ciúmes. Devido às violações sofridas a vítima desenvolveu problemas emocionais. Está fazendo tratamento psiquiátrico”.
Gravação
Diante do ocorrido a engenheira gravou uma conversa com Marcelo Silva dos Santos. Como o diretor-geral do DER não agiu até agora, o blog decidiu divulgar todo o material, para que chegue ao conhecimento do governador Marcos Rocha (União Brasil) ou do chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, e seja tomada uma providência.
Direito de resposta
Eu Marcelo Silva dos Santos- Coordenador de Operações do DER – Venho a público exercer o direito de resposta pelo fato notíciado em meu desfavor sob acusação de suposto assédio sexual pela Engenheira Comissionada.
Os fatos alegados não são verdadeiros. Esclareço a todos que a função que exerço é extremamente alvo de calúnia e difamação.
Estarei tomando as medidas cabíveis da injusta acusação junto aos órgãos competentes.
Diante de decisões justas em que tomamos que não agrada algumas pessoas, acabamos sendo alvos de injustiça e calúnias.
Confio na justiça e estou tranquilo de cabeça erguida e continuarei trabalhando forte para continuar ajudando a nossa população.
(blog entrelinhas)