Por Leone Oliveira
Mais um ministro amigo é emplacado pelo PT no Supremo Tribunal Federal (STF). Mais que um amigo: advogado pessoal e fiel depositário dos interesses mais obscuros de Lula da Silva. A aliança esquerdista em prol de destruir o combate à corrupção e tudo que possa representar uma ameaça ao “sistema”, mantendo-se o status quo da roubalheira e impunidade, está em pleno andamento.
Quando digo “sistema”, refiro-me a teia de interesses subjetivos tendentes ao mal, que liga milhares de servidores, em todas as esferas do poder (legislativo, executivo e judiciário), nos pontos mais inesperados da sociedade, e que possui como intuito escamotear a coisa pública e saciar interesses pessoais. Essa teia é muito bem coesa e organizada, e está pronta para repelir toda e qualquer pessoa que ouse confrontá-la.
A aliança feita por esse sistema resultou em um desmoronamento de toda a operação lava-jato e a ressureição de dinossauros da política, como o ex-governador Sergio Cabral que fora sido condenado há mais de 300 anos de cadeia. Na última terça-feira, 01, o Ministro do STF, Dias Toffoli, anulou provas da Odebrecht contra o político. Esse é apenas um exemplo dos infindáveis que temos toda semana.
Para além da proteção aos criminosos, não satisfeitos, agora desejam acabar com aqueles que ousaram punir quem descumpria a lei. Deltan Dallagnol (Podemos) foi o primeiro alvo da vingança. Teve seu mandato cassado por uma acusação completamente estapafúrdia. Mas, no Brasil, o descaramento já é tão grande que não precisam de grandes fundamentos para embasarem uma decisão judicial – o deslize mais ínfimo já serve de motivo para tomar a decisão mais severa, desde que seja contra alguém da direita.
Neste ponto, destaco que um dos pilares fundamentais da chamada “vaza-jato” era as delações premiadas. De acordo com os advogados dos criminosos, não se podia condenar alguém com base em uma alegação feita por outrem. Essa tese de ser “contra a delação” funcionou perfeitamente até o ministro da justiça, Flávio Dino, utilizar tal medida para dar andamento no caso da Marielle Franco, então vereadora por Rio de Janeiro assassinada em 14 de março de 2018. Da noite para o dia, a delação premiada virou instrumento legítimo para a esquerda.
Dando continuidade a questão da vingança da esquerda, o próximo alvo pode ser o senador eleito Sérgio Moro (União), que possui ações na Justiça Eleitoral. Ao todo são duas ações contra o ex-juiz que tratam sobre acusações de abuso de poder econômico e suspeitas de “caixa 2” em sua campanha ao senado. Uma delas é movida pela federação partidária formada pelo PT, PV e PcdoB. A outra foi movida pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Conforme as coisas andam no Brasil, pouco provável que Moro se mantenha no cargo por muito tempo.
Neste momento, seria ideal que a direita se juntasse sem pôr interesses pessoais em jogo, mas acho pouco provável que isso aconteça. Os “caciques” políticos não vão querer deixar de serem “caciques” políticos e de darem as cartas visando seus interesses. Também, outro fator lamentavelmente muito presente na sociedade é o culto à personalidade de políticos. Se a população fosse mais estudada, lida, e escolhesse seus representantes de maneira racional e não de maneira emocional, as coisas mudariam muito. Até lá, a projeção que eu, nobre colunista de baixíssima qualidade, tenho é que a direita vai de mal a pior e, em 2026, será entregue a cadeira presidencial novamente a esquerda. Espero estar errado.