Na manhã desta segunda-feira (23), o Rio Madeira atingiu a cota mínima histórica de 33 cm, um recorde que não era observado desde 1967, quando o monitoramento do rio teve início.
Desde julho, o nível do Madeira já despencou mais de 3 metros, tornando a navegação um desafio, mesmo durante o dia. O surgimento de bancos de areia no leito do rio se tornou cada vez mais frequente, forçando as autoridades a proibirem a navegação noturna para evitar possíveis acidentes.
A seca extrema tem afetado especialmente os ribeirinhos, comunidades que vivem às margens do Madeira e dependem da pesca para sua subsistência. Com o rio em níveis tão baixos, muitos enfrentam a escassez de peixes e a falta de água potável nas localidades do Baixo Madeira, criando uma situação alarmante para quem vive na região.
As consequências da seca não apenas ameaçam a segurança alimentar, mas também colocam em risco a qualidade de vida desses povos, exigindo medidas urgentes para enfrentar a crise hídrica.