O Fronteira teve acesso ao inquérito sigiloso da DRACO, da Polícia Civil, que afastou o prefeito Isau Fonseca e os vereadores Negão do Isau e Elvis Gomes. De acordo com os autos, o chefe do executivo havia solicitado propina no valor de R$ 1 milhão de reais, mas acabou aceitando fechar negócio em R$ 500 mil.
Posteriormente, ficou acordado que desses R$ 500 mil reais que seriam auferidos por Isau, R$ 200 mil seriam destinados para os vereadores Negão do Isau e Elvis Gomes, ficando cada qual com R$ 100 mil reais.
A ideia da Organização Criminosa era repartir os honorários dos advogados contratados pelos servidores, por intermédio do sindicado. Os honorários seriam de 20% de todo o montante da causa, cujo valor girava em torno de R$ 19 milhões de reais.
Os vereadores Negão do Isau e Elvis Gomes eram peças chaves dentro da ORCRIM, conforme detalhes do inquérito. Ambos ficaram responsáveis por apresentar e articular a aprovação da conhecida “lei dos biênios dos professores”. O prefeito Isau Fonseca seria o viabilizador do projeto, uma vez que agilizaria os pagamentos dos biênios.
Conforme o inquérito, o negócio criminoso só não deu certo por causa de um desentendimento entre uma advogada integrante da ORCRIM e o restante do bando. As informações dão conta de que a advogada não teria cumprido com os acordos firmados na divisão da propina.