A DEMOCRACIA MORRE NA ESCURIDÃO

Exército se irrita com postagens que chamam generais de “melancia”

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Integrantes do Exército brasileiro receberam um comunicado do Alto Comando desmentindo uma mensagem de bolsonaristas que acusa cinco generais de serem “melancias” – ou seja, “verde e amarelos” por fora e “vermelhos” por dentro, em referência a um suposto apoio ao comunismo.

O texto foi assinado pelo general José Ricardo Vendramin e teve o envio determinado pelo comandante do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes. Logo no começo, o documento afirma que “têm sido observadas postagens em aplicativos de mensagens com alusões mentirosas e mal-intencionadas a respeito de integrantes do Alto Comando do Exército”.

Em seguida, a nota destaca que “tais publicações têm se caracterizado pela maliciosa e criminosa tentativa de atingir a honra pessoal de militares com mais de quarenta anos de serviços prestados ao Brasil, bem como de macular a coesão inabalável do Exército de Caxias”.

Os grupos ou indivíduos responsáveis por circular as mensagens são descritos como sem “ética e profissionalismo” ao “tentarem de forma anônima e covarde disseminar desinformação no seio da Força e da sociedade”. O Exército conclui a mensagem dizendo que “permanece coeso e unido, sempre em suas missões constitucionais, tendo a hierarquia e a disciplina de seus integrantes o amálgama que o torna respeitado pelo povo brasileiro, seu fiador”.

O que diz a mensagem bolsonarista

Divulgada no WhatsApp, a acusação aponta que cinco generais do Alto Comando se recusaram a impedir a posse do presidente eleito democraticamente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT): Valério Stumpf, o chefe do Estado-Maior do Exército, general Guido Amin, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, e os comandantes militares do Sudeste (Tomás Miné Ribeiro de Paiva), do Leste (André Luiz Novais) e do Nordeste (Richard Nunes).

“Dos dezenove [são 16 generais quatro estrelas, na verdade], estes cinco não aceitam a proposta do povo. Querem que Lula assuma, já se acertaram com ele”, diz o texto, acompanhado da foto dos militares.

Outras publicações passaram a pressionar generais de brigada, de divisão e de exército. Nelas, havia a provocação: “E agora, general? No dia 01/Jan/2023, V.Exa. pretende prestar continência a quem? Ao povo brasileiro ou aos comunistas?”. O texto acompanhava o nome do militar, o cargo ocupado e sua foto.

Nos grupos bolsonaristas, o comunicado do Exército passou a circular junto com uma mensagem que dizia que as acusações sobre os supostos “melancias” foram feitas por “esquerdistas” infiltrados. Segundo o Estadão, essa desculpa é bastante usada para manter um discurso único entre os apoiadores de Jair Bolsonaro.

Logo após o segundo turno, generais de alta patente afirmaram que não havia nenhuma ameaça ou sequer cogitação de resistência ou intervenção militar em favor de Bolsonaro.

Fonte: Yahoo

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