Integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) utilizaram, na 2ª feira (2.jan.2023) e nesta 3ª feira (3.jan) a linguagem não binária, também denominada linguagem neutra em cerimônias oficiais. Fenômeno linguístico e político, a substituição do artigo masculino genérico pelo “e” busca neutralizar o gênero gramatical.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, começou seu 1º discurso no Palácio do Planalto com a frase “Boa tarde a todas, a todos e a todes”. Foi aplaudido pela plateia, que lotou o Salão Nobre da sede do governo na 2ª feira.
A cerimônia de posse do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também contou com a linguagem não binária horas antes. A mestre de cerimônia referiu-se aos convidados como “todes”. O chefe do ministério não usou a expressão.
O mesmo se deu nas cerimônias de posse dos ministros dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, da Cultura, Margareth Menezes, e das Mulheres, Cida Gonçalves.
No caso do Ministério da Cultura, veio também da primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, o uso da expressão vinculada às lutas identitárias de grupos LGBTQIA+.
Nas redes sociais, movimentos da militância grafam palavras cujo artigo é masculino com ‘x’, ‘@’ ou ‘e’. O último é utilizado na forma falada por ser pronunciável.
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