O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a falar sobre a possibilidade de criação de uma moeda comum entre Argentina e Brasil. O petista que está na comitiva brasileira que desembarcou em Buenos Aires no fim de semana, afirmou que a medida visa “driblar a dificuldade” no comércio internacional entre os dois países.
“O problema é exatamente a divisa. A gente está quebrando a cabeça para encontrar uma solução. Alguma coisa em comum, alguma coisa que permita a gente incrementar o comércio porque a Argentina é um dos países que compram manufaturados do Brasil e a nossa exportação para cá está caindo. Passa por driblar a dificuldade deles. Estamos pensando em várias possibilidades”, disse o ministro, ao chegar na Argentina.
Já o ministro da Economia do país vizinho, Sérgio Massa, disse ao Financial Times disse que os presidentes Lula e Alberto Fernández, que se reunirão hoje na Casa Rosada, devem anunciar o início dos estudos sobre a criação de uma moeda comum entre os países.
Como mostramos, no fim de semana, os dois chefes de Estado divulgaram uma carta conjunta em que celebram a maior proximidade entre o Brasil e a Argentina e a integração econômica entre os dois países. No texto, publicado no site Perfil, eles citam a criação de uma moeda comum na América do Sul.
“Pretendemos superar barreiras às nossas trocas, simplificar e modernizar regras e incentivar o uso de moedas locais. Também decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda comum sul-americana que possa ser utilizada tanto para fluxos financeiros quanto comerciais, reduzindo os custos de operação e diminuindo a nossa vulnerabilidade externa”, diz o texto.
O Antagonista