A DEMOCRACIA MORRE NA ESCURIDÃO

Mania de Grandeza

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Por Leone Oliveira

Na sessão de prestação de contas, na Câmara Municipal de Ji-Paraná, pela primeira vez em anos, o vereador Negão do Isaú sentiu na pele o que é ser minoria, estando em clara desvantagem numérica na casa que preside. Mesmo assim, o filho do prefeito não se acanhou, arregaçou as mangas e saiu em defesa da gestão do pai, tentando fazer malabarismo financeiro para macular a real situação das contas públicas.

No primeiro momento, o plano do Negão era fazer com que não houvesse a transmissão ao vivo da prestação de contas. Para isso, determinou que fosse cortada a internet e proibiu a utilização do telão. Contudo, o filho do prefeito afastado não contava que a equipe da prefeitura já espera pelas suas sabotagens. Um dia antes, foi confidenciado a este colunista que eles já tinham pensado em vários outros métodos alternativos para fazer a transmissão.

O modus operandi do filho do prefeito já é bem conhecido. Seu histórico é extenso, desrespeitando até mesmo o regimento interno. Foi o que aconteceu com a CPI da Educação, proposta pela Vereadora Rosana Pereira, ano passado, que havia quantidade mais que suficiente de assinaturas, conforme pedia o regimento interno, mas foi barrada pelo vereador-presidente, que se enxerga como a personificação da lei.          

Voltando à prestação de contas, posterior a surra de dados e fatos, nem mesmo os vereadores que outrora erguiam suas vozes em defesa de Isau Fonseca foram capazes de dizer alguma coisa. O vereador Lorenil Gomes sequer compareceu, alegando que estava com “dor no rim”, confirmou uma fonte. Sobrou ao Negão do Isau sair em defesa do pai, sozinho, solitário, entre as fortes vaias da plateia.

O “piti” dado pelo filho do prefeito rendeu um bate-boca com o Secretário da Fazenda, que não aceitou que os dados apresentados de maneira técnica fossem distorcidos. A discussão foi acalorada e teve seu ápice quando o Secretário chamou o vereador de “desonesto”. Dando por vencido, Negão afirmou que tinha outro compromisso e se retirou da sessão, não sem antes cumprimentar os outros vereadores com sua gélida mão.

A explanação feita com maestria pela controladora do município e o Secretário da Fazenda, Laedson Xavier, foi mais que suficiente para qualquer pessoa mediana chegar à conclusão de que o governo de Isau Fonseca foi no mínimo irresponsável. Com uma folha de pagamento acima do permitido por lei e com contratos milionários e muitas vezes desnecessários, a controladora deixou claro que haverá um déficit de mais de R$ 50 milhões, caso nada seja feito.

Para mitigar e, quiçá, zerar o rombo nas contas públicas, o prefeito Joaquim Teixeira (PL), juntamente com seu secretário de governo, Fábio Gonçalves, alegaram estar identificando e cortando despesas não essenciais. O novo governo terá como grande desafio frear a gastança que vinha sendo perpetrada por Isau e acobertada pelos vereadores da base.

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