Na audiência pública de ontem, 28, sobre o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), assunto de grande importância para o município de Ji-Paraná, apenas cinco vereadores compareceram.
A audiência foi realizada na Câmara Municipal e contou com a presença de um palestrante de Belo Horizonte, bem como do diretor-presidente e do assessor nível II da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Ji-Paraná (AGERJI), Gezer Lima de Souza e Gileno Cerqueira Santos, respectivamente.
Os vereadores que compareceram foram a Rosana Pereira (Sem Partido), Brunno Carvalho (Solidariedade), Vera Márcia (PT), Juscelia Dallapicola (PSDB) e Edisio Barroso (Solidariedade). Os vereadores Joziel Carlos de Brito (MDB) e Janethe de Almeida (DEM) ficaram por pouco tempo e logo foram embora.
Com a pequena quantidade de parlamentares presentes em uma audiência de tamanha importância, é questionável o interesse dos mesmos pelo desenvolvimento e avanço de qualidade da cidade.
No auditório, além da população tradicional, havia dezenas de portariados da AGERJI. Logo na entrada ficava uma lista de presença a qual todos deviam assinar. Também estavam presentes algumas pessoas com cargos importantes representantes do estado de Rondônia e da OAB.
Depois da apresentação do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), a vereadora Rosana Pereira fez questionamentos importantes, tal como (1) de onde o palestrante vinha e quanto estaria recebendo e (2) se o valor de 11 milhões que seriam destinados a AGERJI era obrigatório ou discricionário.
Em resposta a primeira pergunta, o palestrante afirmou não saber o valor que recebe, mas diz acreditar haver algum contrato entra a prefeitura e a empresa da qual ele faz parte. Depois da resposta do palestrando, Gileno tomou a palavra, pedalou, pedalou, e no final acabou dizendo que o palestrante veio de graça, o que arrancou risos dos que estavam presentes.
Em resposta a segunda pergunta, o Assessor da AGERJI, Gileno, afirmou que o valor de 11 milhões seria obrigatório por lei e fruto de precatórios. Entretanto, ao que tudo indica, o valor não está depositado na conta da prefeitura e seria apenas uma expectativa de recebimento. Gileno também não citou a lei que obrigava o prefeito a transferir esses recursos.
O vereadora Edisio Barroso deixou o registro de sua indignação com o crescimento de baixa qualidade de Ji-Paraná e com os asfaltos sem o mecanismo de drenagem de águas. Já o vereador Brunno Carvalho, afirmou que o valor de 11 milhões seria bem mais aproveitado se fosse destinado para a Cooperativa dos catadores de materiais Recicláveis de Ji-Paraná (COOCAMARJI).
Depois da participação de algumas pessoas de dentro do auditório – a maioria foi embora antes por não aguentar a demora – a Audiência é finalizada praticamente meia hora da noite.