por LEONE OLIVEIRA, um colunista quase aposentado
Enquanto o cadáver do Isau não é enterrado com um novo afastamento, os vereadores comprados com cargos comissionados do alto escalão da administração articulam cassar Joaquim Teixeira já na próxima segunda-feira (29), em uma sessão extraordinária.
Hoje (26), Isau Fonseca já exonerou dois secretários para que reassumam seus cargos de vereadores e, assim, formar maioria na Câmara Municipal.
Negão do Isau não cabe em si de contentamento com a possibilidade de herdar o espólio do pai, ocupando a cadeira de prefeito de Ji-Paraná. Já sabemos o desastre financeiro que é administração de seu pai, mas pouco se sabe como o filho se sairia caso assumisse o trono.
Mesmo não podendo prever o futuro, talvez o tempo em que Negão ficou a frente da Câmara Municipal como presidente, nos dê alguns indícios de como poderá ser sua eventual administração na prefeitura.
Nos anos em que esteve como presidente, Negão era acostumando a usar o regimento interno de papel higiênico. Não cumpria nada do que estava escrito e inventava leis da sua cabeça.
Há fartos exemplos, mas irei me limitar aos dois mais relevantes: (1) a instalação da CPI da Educação (que tinha a quantidade de assinaturas necessárias para ser instalada, entretanto, por meio de uma manobra do Negão, não foi); e (2) enviar a denúncia que ensejou a abertura da Comissão Processante contra Isau à Procuradoria da Câmara, antes que fosse lido no plenário.
No que se refere aos gastos dos recursos que são enviados a Câmara Municipal, Negão do Isau, enquanto presidente, foi um dos que mais concedeu diárias aos vereadores em toda a história de Ji-Paraná.
A situação estava tão caótica que, nos primeiros quatro meses deste ano, a Câmara Municipal já tinha gastado quase todos os recursos destinado às diárias para o ano inteiro.
Em um memorando assinado no dia 12/05, Negão proibiu as concessões de diárias, salvo casos emergenciais.
“Dado o limite orçamentário, ficam suspensos TODAS as autorizações para liberações de diárias, dado os tetos de desembolso ter atingido os limites estabelecidos em lei, salvo situações de emergências justificadas”, diz o documento assinado pelo vereador-presidente.
Pelo o que se percebe, o histórico de Negão não nos traz boa esperança. Ji-Paraná está lascada.
