O presidente do Instituto Voto Legal, o engenheiro Carlos Rocha, contratado pelo partido PL para investigar as urnas eletrônicas no pleito deste ano, emitiu nota dizendo que “o trabalho de fiscalização do PL termina em dezembro, está em andamento”.
“Ainda não foi divulgada qualquer versão final de relatório, temos estudos em andamento. A versão publicada pelo Antagonista é obsoleta e não está assinada por ninguém”, disse Rocha.
Como foi mostrado com exclusividade pelo site O Antagonista, o Instituto Voto Legal foi contratado pelo Valdemar Costa Neto para verificar a confiabilidade do processo eleitoral de 2022.
O documento que o Carlos Rocha diz ser “obsoleto” é datado de 15 de novembro de 2022, ou seja, hoje, e foi compartilhado por entre a cúpula do PL e do governo do Presidente Bolsonaro. Dessa forma, pode-se verificar que é um documento real e atual, ainda que, como mencionado por Rocha, não seja a versão final da investigação.
O Antagonista questionou o presidente do IVL sobre a nota que emitiu, o mesmo disse que “após a contratação do IVL para a fiscalização pelo PL, todo o trabalho realizado pelo IVL é CONFIDENCIAL e, se for divulgado, o será pelo PL. Até ser liberada a versão final, os documentos são classificados como PRELIMINAR.”
O engenheiro, pelo contrato, está proibido, no momento, de fazer declarações sobre o relatório vazado que conclui não ser “possível validar os resultados gerados em todas as urnas eletrônicas de modelos 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015”.
“Não sei quem divulgou o relatório. Trata-se de um documento confidencial em construção, preliminar”, acrescentou.
Para o site O Antagonista, o PL pretende pedir a anulação do pleito deste ano com base no achados do IVL sobre as urnas, a auditoria de inserções em rádios e as decisões do TSE a respeito da retirada do ar de conteúdo classificado como fake news.