A DEMOCRACIA MORRE NA ESCURIDÃO

Urgente: Ministério Público pede cassação da candidatura de Negão do Isau após perseguir funcionária

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O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu, nesta terça-feira (10), a cassação da candidatura do Negão do Isaú, atual vereador e presidente da Câmara Municipal, que busca a reeleição em 2024. A denúncia aponta um caso de abuso de poder político e assédio eleitoral, envolvendo a exoneração de uma enfermeira como represália a comentários negativos sobre sua gestão.

Segundo a ação protocolada pelo MPE, Negão do Isaú teria usado seu cargo e influência para retaliar a enfermeira Keila Seemann Sedlacek após seu sogro, Aluísio de Oliveira, criticar publicamente sua administração em grupos de WhatsApp. Os comentários foram motivados pela utilização de um micro-ônibus da Secretaria Municipal de Educação para transportar atletas de uma escolinha de futebol particular, onde o filho do vereador é aluno.

A denúncia relata que, após os comentários de Aluísio, Welinton teria ligado para o genro, Diogo de Souza Oliveira, ameaçando a família com represálias. Pouco depois, Keila foi removida de sua função no Hospital Municipal e colocada à disposição de outro departamento sem justificativa, configurando perseguição política e abuso de poder.

O promotor responsável pelo caso argumenta que as ações de Welinton configuram abuso de poder político, pois ele utilizou sua influência para interferir no exercício funcional de Keila, violando os princípios de impessoalidade e igualdade que devem reger a administração pública. A promotoria sustenta que a exoneração de Keila não teve motivação administrativa legítima e foi uma resposta direta às críticas de Aluísio, o que caracteriza assédio eleitoral.

A denúncia aponta que as ações de Welinton criaram um desequilíbrio na disputa eleitoral, já que utilizou seu cargo e a máquina pública para silenciar críticas e intimidar adversários. O MPE pede que o Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia casse a candidatura de Negão do Isaú e o declare inelegível, considerando que suas condutas ferem gravemente a normalidade e a legitimidade do pleito.

O caso agora segue para análise do Tribunal Regional Eleitoral, que deve julgar se as evidências apresentadas são suficientes para a cassação da candidatura. Até lá, Welinton Negão do Isaú continua na disputa, mas com a sombra de um processo que pode mudar os rumos das eleições municipais em Ji-Paraná.

A situação evidencia mais uma vez o uso da máquina pública como ferramenta de controle político, um problema persistente nas administrações locais e que compromete a integridade do processo eleitoral.

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