– Por Leone Oliveira
A velha política é um termo que tem sido amplamente utilizado nos últimos anos para descrever a maneira tradicional e muitas vezes ultrapassada de se fazer política. Ela se baseia em práticas e valores que não condizem mais com a realidade atual, e que muitas vezes são pautadas em interesses pessoais e corporativistas, em detrimento do bem comum.
A velha política é marcada por uma postura autoritária, onde os líderes se veem como detentores do poder, e não como representantes do povo. A democracia, nesse sentido, é vista como um obstáculo a ser superado, e não como um valor a ser defendido. A corrupção e o clientelismo são práticas comuns, e os interesses da população são muitas vezes deixados de lado em nome de acordos políticos espúrios.
Não é à toa que a velha política tem sido objeto de críticas cada vez mais contundentes. Como disse o filósofo Michel Foucault, “não é poder que corrompe, mas sim o medo. O medo da perda de poder corrompe aqueles que o exercem, assim como o medo da privação de poder corrompe aqueles que são dominados por ele”. E é exatamente esse medo que tem motivado a perpetuação da velha política, mesmo quando ela já se mostrou insustentável e ineficiente.
Em tempos idos, em que a política era mais do que um simples jogo de palavras, as mentes sábias costumavam dizer: “a política é a arte de governar os homens”. Mas hoje em dia, vemos políticos velhos e empoeirados agarrados ao poder como caranguejos em uma panela de água quente.
É preciso, portanto, romper com essa lógica e buscar novas formas de fazer política. Como disse o poeta Fernando Pessoa, “navegar é preciso, viver não é preciso”. Isso significa que devemos ter coragem para experimentar novas formas de governar, mesmo que isso signifique abandonar o conforto da velha política e enfrentar novos desafios.
No fim das contas, a política é como um show de comédia ruim, cheio de personagens caricatos e piadas sem graça. E enquanto esses políticos velhos e ultrapassados continuarem a governar, continuaremos a rir de suas tolices e a sofrer com as consequências de suas decisões equivocadas.
