O time do presidente eleito Lula estuda revogar a Lei das Estatais para voltar a permitir a indicação de políticos para os cargos de diretoria e conselhos de administração de empresas públicas.
A ideia é editar uma Medida Provisória para revogar o projeto de lei aprovado na gestão Temer em 2016 – uma resposta da classe política à pressão popular no esteio da operação Lava Jato. Como registramos há pouco, o mercado reagiu mal à possibilidade de revogação da medida.
O Antagonista apurou que o próprio Congresso é a favor da MP. Alguns parlamentares do Centrão, de partidos como PSD, MDB e PT enxergam na iniciativa uma forma de melhorar a governabilidade no início do mandato Lula. Hoje, um dos maiores gargalos da gestão do petista é conseguir abrigar aliados de vários partidos no primeiro e segundo escalões da Esplanada dos Ministérios.
A própria presidente do PT, Gleisi Hoffmann, já defendeu a medida em discurso no plenário da Câmara, em junho deste ano.
“A Lei das Estatais diz que ninguém que participou de eleição há 4 anos pode ser indicado diretor da Petrobras ou diretor de uma estatal. Não pode ser político, não pode ser líder de partido, como se ser político fosse crime. E nós sabemos como funciona. […] É a iniciativa privada que corrompe”, declarou a parlamentar.
O Antagonista