A DEMOCRACIA MORRE NA ESCURIDÃO

Cidadãos de Ji-Paraná denunciam que vigilantes são convocados apenas com indicação política; empresa nega

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Alguns cidadãos de Ji-Paraná entraram em contato com o Fronteira 364 para denunciarem um suposto favorecimento político no processo de contratação de vigilantes da empresa BELÉM RIO SEGURANÇA LTDA, que possui contratos com a prefeitura.

“Eu fui entregar o meu currículo e a moça afirmou para mim: ‘Olha, vou ser sincera, temos uma pilha de currículos, mas é somente por indicação política”, afirmou uma das denunciantes.

“Você vem por meio de indicação política?”, teria perguntado a funcionária da empresa.

O Fronteira 364 entrou em contato com um dos vereadores da base aliada do prefeito, cujo o nome será mantido em sigilo, alegando que havia um pessoa que se interessava na vaga e que poderia apoiá-lo em ano de eleição. O vereador foi econômico nas palavras: “não quero saber dessa empresa, me tira disso. Acho isso errado”

Entramos também em contato com a empresa Belém Rio e conversamos com um supervisor que se identificou como “Paulo”, o qual afirmou que a denuncia não procede e que a escolha dos funcionários se dá por meio do currículo.

“[A denuncia] não procede. Temos contratos em vários Estados do Brasil, temos contrato com a receita federal. A escolha dos funcionários se da pelo currículo. É avaliado o currículo, o perfil do candidato, se o curso está em dias”, afirmou o supervisor.

Processo

A prática corriqueira de “Carona de ATA” em licitações de outros estados do País pela prefeitura de Ji-Paraná, tem causado grandes discussões por entre as empresas do estado de Rondônia que são prejudicadas pelo prefeito Isaú Fonseca.

Os últimos contratos firmados pelo prefeito de Ji-Paraná com empresas de fora, para a contratação de vigilantes, foram alvos de uma Ação Judicial impetrada por sete empresas de Rondônia, no dia 14/04, que também entraram com uma representação no Tribunal de Contas do Estado, no dia 17/04.

As empresas pedem a suspenção dos contratos nº 077/PGM/PMJP/2023; nº 076/PGM/PMJP/2023; nº 075/PGM/PMJP/2023; nº 079/PGM/PMJP/2023; e nº 078/PGM/PMJP/2023, tendo como responsável o Senhor ISAÚ RAIMUNDO DA FONSECA.

Todos os contratos foram firmados com a empresa BELÉM RIO SEGURANÇA LTDA, que fica localizada no município de Belém, estado do Pará.

As empresas que entraram com as ações no TCE e na Justiça Comum são a: IMPERIAL VIGILANCIA & SEGURANCA PRIVADA LTDA, PROALVO SERVICOS DE SEGURANCA, IMPACTUAL VIGILANCIA E SEGURANCA LTDA, PROVISA VIGILANCIA E SEGURANCA LTDA, RONVISEG SERVICO DE VIGILANCIA PRIVADA LTDA, G. J. SEG VIGILANCIA LTDA, PVH-SEG SERVICO DE VIGILANCIA PATRIMONIAL LTDA.

Em resumo, as empresas alegaram eventuais práticas das seguintes irregularidades: 1) inobservância da legalidade para adesão à ata de registro de preços; 2) incompatibilidade das normas coletivas trabalhistas; e 3) inobservância ao princípio da vantajosidade para aderir à ata de registro de preço. No final, pedem a suspenção de todos os contratos supracitados.

Em que pese as ações estejam tramitando em caráter de urgência, ambas ainda pendem de solução, sendo a mais adiantada a que corre no Tribunal de Contas do Estado, cuja decisão poderá sair ainda nesta semana.

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