Deltan Dallagnol (foto), ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato e hoje deputado federal pelo Podemos-PR, publicou na noite desta segunda-feira (17) no Twitter um fio em que ataca a decisão da PGR de pedir a prisão de Sergio Moro (foto) por suposta calúnia a Gilmar Mendes.
Segundo o ex-procurador, a denúncia da PGR contra o senador “é inepta (e absurda) e contraria o comportamento do próprio PGR em outros casos, denotando alinhamento com governo Lula em clara perseguição ao ex-juiz e à Lava Jato”.
O deputado escreveu que “qualquer aluno do 2º ano de Direito” sabe que não há crime contra honra quando se trata de brincadeira —caso de Moro— e que crime de calúnia exige imputação de fato certo e determinado (“por exemplo, ‘Gilmar Mendes vendeu um habeas corpus no caso X’”). Além disso, o STF, diz ele, é um foro incompetente para o caso: “desde 2018, o STF só pode processar e julgar crimes de parlamentares que forem praticados DURANTE o exercício do mandato e RELACIONADOS à função”.
O ex-procurador afirmou que Gilmar Mendes “caluniou e injuriou os procuradores da Lava Jato várias vezes (…). Chamou de ‘esquadrão da morte’, ‘organização criminosa’, ‘cretinos’, ‘gângster’, ‘espúrios’, ‘patifaria’, ‘crápulas’ e apontou ‘corrupção’”.
E concluiu dizendo: “Este é o ‘Brasil que voltou’ de Lula: Sergio Cabral livre, leve e solto, após confessar roubar mais de 300 milhões de reais, mas Sergio Moro preso por uma piadinha de festa junina”.
O Antagonista