Esquerdistas inventaram uma nova reclamação: homem que senta com perna aberta. O ato, inclusive, já ganhou nome em inglês, o “manspreading”, algo como “homem espalhado”, e virou alvo de campanhas.
A mais célebre se deu no metrô de Madri, onde a empresa municipal de transportes usou placas com a figura de um homem sentado, com as pernas abertas, ao lado de um grande X, em 2017.
Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da UFMG, Marlise Matos afirma que dar nome a comportamentos do tipo é importante para torná-los visíveis. “Assim, politizamos dimensões cotidianas da vida que passam despercebidas na sociedade patriarcal”, afirma. Ela cita as campanhas “Não é não!” e “Chega de fiu fiu” como iniciativas do tipo importantes no Brasil para coibir posturas abusivas masculinas, mas reconhece que as companhias de transporte poderiam se empenhar mais no tema. “Ações publicitárias massivas são um bom recurso para criar o debate. Se não, as pessoas acham que o problema não existe.”
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