Por meio desta, o Fronteira 364 vem registrar seu repúdio ao atentado feito contra a empresa jornalística Rondoniaaovivo. A empresa, que vem sendo criticada por extremistas da direita por conta de suas matérias sobre o movimento, possui quase duas décadas de existência e tem contribuído durante todo esse tempo com informações de qualidade à população do estado.
O Fronteira, assim como o jornal Rondoniaaovivo – que foi alvo do ódio e dos arroubos autoritários dos manifestantes pró-Bolsonaro -, também esteve incluído em listas de WhatsApp criadas pelos golpistas, com o intuito de “boicotar” as empresas que eles julgavam “esquerdistas”.
Conforme bem disse o colunista Leone Oliveira, em seu artigo intitulado “O culto ao bezerro de ouro”, esse método de identificar as empresas e boicotá-las, não é novo. Na Alemanha nazista, as empresas de judeus também eram identificadas e boicotadas como uma forma de perseguição e repressão. É a repetição da história.
É mister deixar claro que, todo e qualquer tipo de embaraço jurídico ou político, deve ser resolvido por meio das vias democráticas, e não por meio da truculência e golpe de estado. Esse pensamento extremista e essa cultura do “nós contra eles”, criada em governos passados e turbinada no atual, só estimula a segregação dos cidadãos e a destruição de famílias.
Conforme dito em nota emitida nesta sexta-feira, 11, pelas próprias forças armadas, “a solução a possíveis controvérsias no seio da sociedade deve valer-se dos instrumentos legais do Estado Democrático de Direito”; “A construção da verdadeira Democracia pressupõe o culto à tolerância, à ordem e à paz social”.
Dessa forma, primando pela defesa do contraditório, pela liberdade de ir e vir, pelas escolhas políticas, pelo estado democrático de direito e pela imprensa livre, lamentamos o ataque feito contra o jornal Rondoniaaovivo e esperamos que, o mais breve possível, seja os envolvidos identificados e responsabilizados.
Que esse episódio sirva de reflexão para todos nós.
Tempos sombrios.