Como uma suposta reação à Alexandre de Moraes pela aplicação da multa de $22,9 milhões por litigância de má-fé, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, estuda a possibilidade de, juntamente com a bancada do partido, barrar as votações deste final de legislatura.
Essa reação deverá ser discutida em jantar na próxima terça-feira, em Brasília, e poderá atrapalhar o andamento da PEC da Transição, que é uma prioridade para o governo Lula.
No jantar, segundo um dirigente do PL ouvido pelo jornal O Globo, também será discutido a estratégia do PL para indicar um integrante para a presidência da CCJ na Câmara dos Deputados e no Senado. De acordo com interlocutores, Costa Neto não pretende abrir mão das comissões mais importantes do Congresso.
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, impôs ao PL, partido de Jair Bolsonaro, a obrigação de arcar sozinho com uma multa de R$ 22,9 milhões, por má-fé ao questionar a integridade das urnas utilizadas neste ano. Moraes também incluiu Valdemar no inquérito 4874, que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas.