Por redação
O dia 6 de janeiro de 2021 vai ficar marcado na história dos Estado Unidos. Nesse dia, o Capitólio, casa legislativa norte-americana, foi invadida por apoiadores de Donald J. Trump, que contestavam os resultados das eleições.
Até o momento, o processo já conta com mais de 840 processos criminais em desfavor de manifestantes, com acusações que variam de transgressão de contravenção a conspiração sediciosa, de acordo com o The New York Times.
Entretanto, não havia provas suficientes que indicavam que Trump sabia que os manifestantes estavam armados e que iriam invadir a casa legislativa com o intuito de pressionar (e até matar, conforme investigações) parlamentares. Não havia, até que Cassidy Hutchinson, ex-assessora da Casa Branca, fez graves revelações contra o ex-presidente Trump num depoimento ao comitê seleto da câmara.
De acordo com Hutchinson, três dias antes da invasão, 3 de janeiro de 2021, teve uma conversa com Pat Cipollone, principal advogado da Casa Branca. Na ocasão, Cipollone disse estar preocupado após saber que Trump estava planejando marchar com seus apoiadores rumo ao Capitólio. “Vamos ser acusados de todos os crimes imagináveis”, teria dito Cipollone a Hutchinson. Com essas informações, o processo ganha novos horizontes.
Daniel Goldman, ex-promotor federal, disse que “Até este ponto, não tínhamos provas de que ele sabia sobre a violência (…). O testemunho deixou muito claro que ele não apenas estava totalmente ciente da ameaça, mas queria que pessoas armadas marchassem para o Capitólio. Ele estava mesmo disposto a liderá-los.”
Com as novas revelações, Trump tem muito a se explicar. O departamento que investiga o caso também tem um longo caminho a percorrer até que tudo seja revelado e digerido.