No recôndito do quarto eu a lembro.
Dois anos se passaram desde a última vez em que eu lhe vi.
Dois anos se passaram desde a última vez em que meus olhos puderam contemplar a beleza reluzente de seu ser.
Seu sorriso lindo e seu olhar matador. Não caibo em mim de regozijo ao te lembrar.
Com todos os defeitos inerentes a mim, reconheço não ser merecedor de alguém tão especial como você.
Contento-me, assim, apenas com sua imagem impressa em minha mente e a nossa foto da época de escola, que eu havia perdido, mas que me enviará novamente por e-mail.
Você – como em todos os dias -, naquela foto, estava linda.
Seu jeito delicado, seu coração enorme do tamanho do infinito, tão maravilhosa e acolhedora.
Pele delicada e preciosa, tal como o arminho ou a zibelina.
Ao passo da pessoa chata que eu era. Muitas vezes grosseiro e rude, mas que ao seu lado me desfazia feito uma fina seda sobre a água.
Como era bom estar ao seu lado.
Estar ao seu lado significava me ausentar do mundo físico e viajar para outra esfera na qual não havia mais preocupações ou tristezas.
Um paraíso. Você é um paraíso.
Não sei quanto tempo esse sentimento irá durar.
Não importa.
O tempo para mim já não é importante.
O fato é que ontem, hoje e amanhã, esse sentimento pesou, pesa e pesara aqui dentro.
Não importa que me chamem de idiota ou louco. Não ligo, pouco me importo com isso.
Posso ser, sim, um idiota ou louco.
Deixe-os que me pintem da forma que lhes for conveniente.
Isso não mudara minha essência.
Eu sou o que sou.
Continuo sendo o mesmo…
um pouco mais chato, mas o mesmo.
A única coisa que mudou é que hoje a quero mais que ontem e amanhã mais que hoje.
Deixo aqui o reflexo desse sentimento que talvez nunca será correspondido, mas que ao menos ficará registrado na minha história e exposto a todos que você, com toda sua magnificência, deixou marcas nesse insignificante ser.
Por Leone Oliveira.